16.6.10

rumo ao nada, 2008

music box, 2007

como dançar junto à distância, 2009



membranas, 2008


‘Testar identidades nos meus reflexos.
Entre um e outro, refúgios
Refletir imagens nas transparências
E depois destas voltar ao vão
E encontrar-me, sempre, pouco mais nítida
- até ofuscar’

Membranas caracteriza-se por ser uma ação silenciosa, um momento particular que tento resolver a partir de um devaneio sobre o tempo que se prefigura cada vez mais relativo. Quando penso nas relações do tempo presente - o que vivo - o aqui e agora, noto que é um tempo que me foge sem eu me dar conta, que pode tanto se encontrar no futuro ou no passado, mas, sobretudo, que se encontra dormente.

O espelho é o espaço mais fundo que existe. (...) Quem olha um espelho conseguindo ao mesmo tempo isenção de si mesmo, quem consegue vê-lo sem se ver, quem entende que a sua profundidade é ele ser vazio, quem caminha para dentro de seu espaço transparente sem deixar nele o vestí­gio da própria imagem - então percebeu o seu mistério.[1]



[1] LISPECTOR, Clarice. Para não esquecer. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

15.6.10

era uma vez um tango, 2007 -

Paris (FR), 2009
Porto Madero (AR), 2008
Praia do Sambaqui (BR), 2008
chão de casa (BR), 2007
Cascaes (PT), 2007
Lisboa (PT), 2007

sudário, 2006

Sudário, 2006. Dança sobre tecido (acrílica s/ tela) 140 x 210 cm

O Sudário, nada mais é do que uma pintura que nos alude a uma ação. Carrega em sua forma uma prova de uma existência física, um indício de que movimentos foram realizados por um corpo. Faz questão de apresentar através de marcas de tinta uma ação realizada. Ou talvez nas palavras de Yves Klein, ao pensar sua própria obra Anthropometries of the blue, são marcas espirituais de momentos apreendidos.

mariposas, 2009


¿Cuál sería la mariposa conocida em su integridad sino la sometida al éter y definitivamente clavada em su panel de corcho? Está claro que esa integridad es ilusória, puesto que le falta nada menos que la vida. No vale más uma mariposa esquiva pero viva – móvil, errante, que muestra y oculta su belleza com el batir de sus alas-, aunque por ellos nos sintamos frustrados e inquietos?[1]



[1] DIDI-HUBERMAN, Georges. La Imagen Mariposa. Barcelona: Mudito & Co, 2007. p. 13.



ouve-me!